Escrito nos raros momentos de folga de uma jornada fatigante.

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

segunda parte - O Vietnã é aqui!

Primeira Campanha


Capítulo 1 – Os arapongas[1]

            O ataque aos guerrilheiros foi precedido por uma grande atividade dos serviços de informação do exército. O próprio relatório Arroyo afirma que “nos primeiros dias de abril, já alguns policiais andaram pelas áreas dos destacamentos A e C à procura de informações sobre os “paulistas””[2]. Segundo Criméia, os guerrilheiros já sabiam que, em 31 de março, o exército chegara à Faveira.
            As informações iniciais sobre o destacamento C vieram de Pedro Albuquerque. Em sua 4ª edição, “A guerrilha do Araguaia”, publicada pela editora do PC do B reproduz as duras palavras do relatório Arroyo: “... O Exército soube de nossa presença no sul do Pará através da denúncia do traidor Pedro Albuquerque que, meses antes, havia fugido com sua mulher do destacamento C. [NE: mais tarde, soube-se que não foi Pedro Albuquerque o denunciante dos guerrilheiros que se encontravam no Araguaia].” A nota da edição, desmente laconicamente o texto, sem dizer quem foi o denunciante.
            Embora essa polêmica não tenha maior relevância numa perspectiva histórica, é importante restabelecer os fatos. Pedro havia deixado a área em junho de 71. Ao chegar a Fortaleza, havia procurado o Partido e se mantinha escondido em apartamentos de amigos e conhecidos, ligados de alguma forma ao PC do B. De sua parte, havia o compromisso de manter o trabalho em sigilo. Além disso, era fácil para a direção do PC do B monitorar os seus passos. Essas informações, com certeza, haviam sido repassadas à Comissão Militar, já que envolviam um sério risco de segurança.
            Criméia afirma que a fuga de Pedro foi decisiva na resolução de desativar a base de Faveira. Os futuros guerrilheiros do Destacamento A se estabeleceram longe das margens do Araguaia, em três PA.
Em dezembro de 71, a CM decidiu deslocar os pontos de apoio do Destacamento C mais para o interior, para o norte, na direção do Igarapé Abóbora. A demora de mais de seis meses é explicável, se pensarmos que o PC do B tinha certo controle sobre a situação.
            Em dezembro, Paulo, o comandante do Destacamento C, chamou um vaqueiro para tomar conta de sua fazenda. O escolhido foi Raimundo José Veloso, o Raimundinho, tio de Neuza, que havia se casado com Amaro. Paulo disse que faria uma longa viagem e, em janeiro de 72, entrou na mata, juntamente com os paulistas. Raimundinho não teve mais notícias suas. A pressa com que a mudança foi feita talvez se deva à informação de que Pedro pretendia abandonar a clandestinidade.
             Em fevereiro de 72, Pedro foi preso ao tentar tirar a segunda via da carteira de identidade. Segundo ele: “Eu achava que eles já não estavam mais me vigiando (na volta a Fortaleza), trabalhava clandestino como corretor e fui a uma delegacia tirar minha identidade para um emprego no Laboratório Roche, em Teresina. Na polícia, fui preso.” [3]
Pedro Albuquerque estava no PC do B desde 62, vinha de uma família de comunistas e tivera papel de destaque no movimento estudantil cearense. Elio relata que ele se tornara particularmente visado pela repressão ao deter, na sala de aula, um policial infiltrado, tomando sua arma. Ele foi reconhecido e enviado para a Polícia Federal.
A notícia da prisão de Pedro chegou ao Araguaia em março de 72, de acordo com o relatório Arroyo. Segundo depoimento de Francis, um militante cearense, uma enfermeira ligada ao partido viu Pedro sendo atendido em um hospital. Ele tentara se suicidar fazendo cortes profundos na altura do antebraço.
Os autores de “Operação Araguaia” tiveram acesso a fontes do exército. Pretendemos contrapor essas informações aos depoimentos dos sobreviventes e ao próprio Relatório Arroyo, de maneira crítica. Segundo o livro, o CIE (Centro de Informações do Exército) tomou conhecimento da existência de um campo de preparação de guerrilha rural em fins de março. A Operação Peixe I, determinada pela Segunda Seção[4] da 8ª RM, teria duas fases. “Na primeira, os investigadores sairiam para confirmar a presença de guerrilheiros no Sul do Pará. Na segunda, seria feito “o isolamento, cerco e redução do inimigo””[5].
A área da guerrilha tem uma peculiaridade: são inúmeras as localidades que possuem o mesmo nome - Pau Preto, Gameleira, e Cigana, entre outras. São nomes de pássaros ou de árvores da região. Próximo a Marabá, às margens do Rio Tauarizinho, havia um lugarejo com o nome de Cigana. Teria sido para lá que os agentes se dirigiram inicialmente. Ao procurarem informações em São João do Araguaia, acabam descobrindo o PA da Faveira, já desativado. Antes de retornarem a Belém, “Souberam de outro lugarejo Cigana, às margens do Sororó. Acreditavam que essa pista fosse boa, pois ficava perto de Xambioá, cidade de Goiás com nome semelhante a Xangri-Lá, referência dada por Pedro Albuquerque.”[6] A equipe voltou para Belém no dia 31 de março.
Embora os guerrilheiros soubessem da existência de outros destacamentos, Pedro, provavelmente, não sabia da existência do PA em Faveira. Ou acreditamos na versão de que os militares chegaram lá por acaso, ou somos obrigados a concluir que houve outra fonte de informação, alguém que conhecia esse local.
É justo dizer que Pedro resistiu ao máximo e que as informações que forneceu eram imprecisas.
“Na Polícia Federal, foi torturado e humilhado. Resistiu, mentiu e trocou nomes de pessoas e regiões. Disse que tinha contato no PC do B com André, que nunca existiu. Falou do suposto dirigente Mário Alves, militante histórico, morto pela repressão um ano antes. O verdadeiro Mário Alves nunca pertenceu ao PC do B...”[7]
Depois de acareado com José Sales de Oliveira, militante do PC do B que também estava preso, a tortura se intensificou e Pedro deu mais informações. Vejamos alguns trechos de seu depoimento:
“... o militante foi mandado pelo partido para São Paulo, junto com a esposa. Viajaram e se encontraram com um militante de codinome Lauro, branco, mais ou menos 45 anos, que o encaminhou para “Mário Alves”. Em São Paulo, o casal recebeu a tarefa de viajar para Belém, onde teriam outro contato.
... o casal foi recebido em Belém por Paulo, cor clara, cabelos pretos, 33 anos, aproximadamente 1,70 m. Paulo conduziu os dois até Cigana, lugarejo no  município de Conceição, sul do Pará. No local havia outros 15 militantes, divididos em cinco células (célula é o nome dado pelos partidos às unidades mínimas na base da organização).” Grifos nossos.
Mário Alves seria Mário, codinome de Maurício Grabois, Lauro era Lincoln Oest (o autor se lembra que ele usava esse codinome) e Paulo era Paulo Mendes Rodrigues. O destacamento C, no período em que Pedro lá esteve, tinha aproximadamente 15 militantes. Em outro depoimento, ele cita que o destacamento era comandado por Paulo e Vitor.
“Operação Araguaia” afirma que ao deparar com a base de Faveira, no final de março de 72, o Exército não tinha noção do que havia encontrado. “O General Darcy Jardim e o tenente-coronel Raul Augusto Borges montaram a Operação Peixe II ainda sem ter certeza sobre as atividades dos paulistas na área. No documento Confirmação de Ordens Verbais, os dois militares expõem as hipóteses de que sejam subversivos, contrabandistas ou hippies.[8]  
Essa “informação” é contraditória. Os arapongas tinham verba e tempo limitados e uma indicação de um local bem distante da Faveira. Estavam lá à caça de “subversivos”. No entanto, abandonam o objetivo inicial, encontram uma base desativada, e ainda suspeitam de uma colônia hippie? O objetivo do vazamento desse documento pode ser o de proteger a fonte de informação sobre o Destacamento C.
Se estavam lidando com hippies ou não, o certo é que os arapongas fizeram o que sabiam fazer: prenderam vários moradores para obter informações. As prisões realizadas durante essa operação foram de pessoas que conheciam os militantes, mas que não estavam envolvidas diretamente na preparação da guerrilha. Segundo “Operação Araguaia”, a investigação durou até o dia 12 de abril, sendo que entre 7 e 12 de abril, 11 homens ficaram de tocaia na Transamazônica, na altura de São Domingos, esperando a passagem de Joca.
“O documento Operação “Peixe II” (INFO) aponta erros no comportamento dos agentes e conclui que os homens das Forças Armadas circularam muito em uma região de poucos habitantes. Perguntaram demais; a missão perdeu o sigilo e nenhum guerrilheiro foi preso. O documento constata a falta de pessoal de informação qualificado.”
A Operação Peixe III se sobrepõe à Operação Peixe II. Um grupo de 24 soldados do Pelotão Antiguerrilha, o PESAG, se dirige para o Alvo (Chega com Jeito), procurando por aproximadamente 11 homens. “- O pelotão “PESAG”, por meio de ações rápidas, violentas se necessário, e de surpresa, deverá aproximar-se, cercar e neutralizar e/ou destruir o “ALVO”[9].
            Segunda Elza Monnerat, no início de abril, o vice-comandante do Destacamento A, Piauí “... foi comprar farinha em um pequeno povoado, denominado Bom Jesus. Quando se aproximava do lugarejo, ouviu vozes de muitos homens e se afastou do trilho. Viu quando os soldados passaram e percebeu do que se tratava. Conhecedor da região, abandonou o caminho e, rapidamente, tornou ao rancho por atalhos na mata. Avisou aos companheiros e todos puderam retirar-se em ordem, o mesmo ocorrendo nas casas vizinhas.”[10]
Criméia nos forneceu mais detalhes sobre o ataque. Na madrugada anterior, um morador de um castanhal próximo procurou os guerrilheiros, solicitando a presença de Sônia. Segundo ele, haveria um doente necessitando sua ajuda. Os guerrilheiros, desconfiados, negaram, dizendo que não poderiam deixar uma moça andar sozinha, à noite, pela mata. Mais tarde o exército estabeleceu uma base nesse castanhal. O pedido poderia ter sido uma cilada, com o objetivo de efetuar uma prisão.
Os soldados que Piauí avistou seguiram um caminho mais longo e se detiveram na casa de um camponês amigo dos guerrilheiros. Ele desconfiou dos estranhos, que embora descaracterizados, usavam armas e botas novas e um relógio que dava a direção (bússola). Eles se apresentaram como amigos dos “paulistas”. O camponês os convenceu a pernoitarem, alegando que os paulistas moravam longe dali.
De manhã cedo, mandou seu filho procurar os guerrilheiros, com a desculpa de pedir um pouco de café. Mário disse ao menino que as suspeitas de seu pai estavam certas e explicou porque estavam sendo procurados. Os guerrilheiros ficaram na área aguardando a chegada da tropa. Criméia conta que assistiu a ocupação do PA e o sobrevôo de um helicóptero a uma distância de uns 50 metros. Devido à disparidade das forças, a decisão foi de se internarem na mata.
A precisão do ataque faz pensar que o Exército, desta vez, disponha de boas informações. Atualmente, o PC do B afirma que a fonte do exército foi a esposa de Lúcio Petit, Lúcia Regina. Levada até Anápolis para se tratar de brucelose, ela fugiu do hospital e chegou à casa dos pais em 19 de dezembro de 71. Ela nega que tenha denunciado a guerrilha e afirma que foi presa em 74, quando não mais poderia fornecer qualquer informação útil.
Desde 71, os guerrilheiros estavam estabelecidos em Metade, Chega Com Jeito e um outro PA, mais novo, que ficava entre os dois. Ao sair da região, no lombo de um burro, Regina seguiu a picada que vai até São Domingos. Depois, juntamente com Maurício Grabois e Elza Monnerat, pegou um ônibus na Transamazônica. Coincidentemente, os soldados do PESAG seguiram o caminho inverso até o PA.
Há um outro indício que a incrimina: quando retornava ao Araguaia, no momento em que o Exército iniciava o seu ataque, o ônibus em Elza viajava foi parado na Transamazônica, no exato local em que os militantes que retornavam ao Araguaia costumavam descer. Elza não foi molestada, porque, segundo ela, os soldados estariam procurando João Amazonas. Por motivo de saúde, os dois inverteram as datas em que iriam retornar. Essa troca seria do conhecimento de Regina, que havia sido contatada para retornar com o dirigente.
Elza se recorda que quando informou a Beto que Regina havia voltado para São Paulo, ele comentou: “Ela não volta mais, o pai dela é amigo de uns militares e possivelmente não vai permitir que ela volte.”[11] A conclusão dela é taxativa:
“Continuei a viagem até Marabá e no dia seguinte comecei a voltar para encontrar o Amazonas em Anápolis. Se não fosse a Regina ter denunciado a guerrilha, eles não encontrariam de jeito nenhum o nosso povo, nem saberiam em que ponto estava, o adiantamento, etc. A Regina era do Destacamento A e tinha um cunhado, uma cunhada e uma concunhada no Destacamento C [Jaime, Maria e Lena, respectivamente], e ela sabia que do Destacamento C tinha fugido um casal [Pedro e Tereza]. Ela tinha condições de saber que além do destacamento A, que era o dela, havia um Destacamento C. Foi ela quem informou direitinho o ponto em que o Amazonas iria descer na Transamazônica e indicou que havia também gente lá para cima, mas ela não sabia indicar por onde entravam nem coisa nenhuma. Assim, no dia 12 eles entraram no A e no dia 14 eles entraram no C”. [12]Grifos nossos.
            Em seu livro, Araguaia, o Partido e a Guerrilha, Wladimir Pomar, filho de Pedro Pomar, levanta algumas questões interessantes. Segundo ele, parte do Comitê Central e de sua Comissão Executiva ignoravam completamente os detalhes concretos do trabalho militar. Ozeas relata que participou em algumas reuniões com dirigentes que tinham crises de malária. A dedução lógica é que a luta armada se travaria em algum lugar da selva Amazônica (que cobre quase metade do território brasileiro).
“Entretanto, apesar de todo o método conspirativo adotado, o dispositivo foi descoberto por denúncia de outra desertora. Regina, uma das militantes selecionadas para o trabalho na área, ficou doente e teve que ser enviada para o sul em meados de 1971 para tratamento, apesar das normas em contrário estabelecidas pela Comissão Militar. Acabou desertando e, sob a pressão da própria família, denunciou o trabalho de preparação, possibilitando que as forças repressivas montassem todo o plano de ataque. Durante muito tempo, o CC ficou sem saber a causa da descoberta do trabalho do partido na área, em grande parte porque ignorava a deserção daquela militante. A comissão militar e seu principal dirigente, que teve que permanecer na área após o ataque das forças armadas [Maurício Grabois], não se sentiram na obrigação de informar nem mesmo a CEx [a Comissão Executiva do Comitê Central] sobre o assunto. Só após 1974, com a derrota da guerrilha, foi possível desvendar o mistério.”[13]
Os futuros guerrilheiros eram advertidos de que a ida para o campo era um caminho sem volta. Danilo, por exemplo, foi obrigado a permanecer na área até o início da luta, para não criar um risco de segurança. As circunstâncias da fuga de Regina (ela levava dinheiro escondido, suficiente para chegar até São Paulo, e foi deixada num hospital, sozinha) caracterizam uma falha gravíssima da Comissão Militar. 
Em minha opinião, o depoimento de Criméia lança uma luz definitiva sobre essa questão.
“Depois da fuga de Pedro, por medida de segurança, os militantes mais novos foram transferidos para o PA de Chega com Jeito. A Transamazônica estava em fase inicial de construção. Perto da futura estrada, Regina disse que não agüentava mais caminhar e pediu “que a deixassem por ali mesmo, porque ela preferia morrer ali”. Esta atitude levou o próprio Mário [Maurício Grabois] a suspeitar de Regina.
Outra atitude que, vista retrospectivamente, compromete Regina, foi uma conversa que mantivemos. Ela havia ido para a região antes de Lúcio, seu marido. Vendo que leva seguinte ele não estava entre os recém chegados, Regina se lamentou, dizendo que só havia ido para lá acompanhar o marido. Esse comentário provocou um certo mal estar.
Alguns sobreviventes alegam que foram parar no Araguaia enganados sobre o tipo de trabalho que iriam desenvolver. Eu não concordo. O clima político do país, as discussões internas que travávamos no PC do B, os documentos divulgados, tudo dizia que o trabalho no campo visava o desencadeamento da guerra popular. Eu, pelo menos, fui para o Araguaia com esta visão.
Em fevereiro de 72, encontrei com Regina, em São Paulo, em um ponto de rua, perto do Colégio Madre Cabrini, em Vila Mariana. Ela afirmou que não voltaria á guerrilha. Saí do ponto com duas enormes sacolas de plástico, cheia de bugigangas, que seriam para os guerrilheiros.
Era uma oferta tão inusitada que preferi me desfazer delas, jogando-as fora num córrego. Suspeitei que pudesse ser uma marca, algo que poderia me identificar para a repressão.”
O depoimento de Elza é contraditório. Ela diz que Regina foi contatada, intimada a voltar, contrariando todas as expectativas que o bom senso apontava, e que, inclusive, conheceria a data do retorno de Amazonas. Por outro lado, não poderia informar aos militares a localização certa do PA de onde havia saído! Parece uma tentativa de incriminar definitivamente Regina, e, ao mesmo tempo, minimizar as falhas de segurança da CM.
            Quase simultaneamente ao ataque partido de Belém, 15 homens do CIE, Centro de Informações do Exército, do CMP, Comando Militar do Planalto e da 3ª Brigada de Infantaria partem de Brasília, levando Pedro Albuquerque. É o início da Operação Cigana, que tinha como alvo o Destacamento C. As localidades visadas eram Caianos, Cachimbeiro e Cigana (aparentemente Pedro não conhecia Pau Preto).
A nossa opinião é que houve duas fontes de informação: uma, Pedro, sobre o Destacamento C; a outra, que se originou de Regina, sobre o Destacamento A. Em breve, com a prisão de Genoino, o exército teria informações detalhadas sobre o Destacamento B.
Outros depoimentos e fontes do próprio exército indicam que a repressão considerava a área potencialmente perigosa. Vários exercícios militares contra supostos guerrilheiros já haviam sido realizados e prisões haviam sido efetuadas, de militantes ligados as correntes foquistas. Em poder de um militante da ALN, havia sido apreendido um mapa da região. A construção da Transamazônica e de vários quartéis podem ser vistas como medidas preventivas. Entretanto, a região do Bico do Papagaio é imensa e despovoada, além de ser coberta por mata densa. As informações mais precisas sobre a guerrilha e a sua localização exata só foram obtida em 72.
É razoável supor que, cedo ou tarde, a guerrilha seria localizada, já que o Exército monitorava a região e tinha informantes entre os jagunços e bate-paus dos fazendeiros. De uma maneira ou de outra, o conflito militar era iminente, naquele ano de 72.



[1] Gíria que designava os agentes da comunidade de informação.
[2] Os guerrilheiros ficaram conhecidos na região como paulistas e povo da mata.
[3] Entrevista de 30.07.2007
[4] A segunda seção era responsável pela informação e contra-informação. Participava ativamente da repressão política.
[5] Operação Araguaia, p. 62.
[6] Idem, p. 64
[7] Operação Araguaia, p.53
[8] Operação Araguaia, p. 68.
[9] Operação Araguaia, p. 77.
[10] Guerrilha do Araguaia, Anita Garibaldi, p. 89.
[11] Romualdo, p. 105
[12] Romualdo, p. 106
[13] Pomar, p. 38.

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